Anoitece e Frida vem reclamar meu ser. Me invade sem respeito nem cuidado e me revira por dentro. São estes os dias que me empresto a ela.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

" Confissao "


"...O que você não pode eu não vou te pedir
O que você não quer, eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
O fogo ilumina muito
Por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo
No início era um precipício
Depois virou um vício
Ontem à noite eu conheci uma guria..."

Daquele tempo eu ainda lembro bem
Por um segundo eu até acreditei
E eu que pensava ser impossível
Aceitar um futuro tão previsível
Eu senti a ilusão de ser especial
Decidi que deixaria tudo ser natural
E menti que assim como era no passado
Me bastaria apenas estar a teu lado
A forma que você me olhava
Me fez confiar meus segredos
Eu só quero que realmente se importe
Com minhas angústias e receios
Agora tudo vem a tona num instante
Mas suponho que seja um tanto tarde
Nesses dias que fugir já não basta
E nem suporto mais parecer covarde
Cada caminho por onde passo
Algo me arrasta de encontro aos teus olhos
Já nem imagino onde estás agora
Mas ainda tenho comigo
Pedacinhos teus na memória
Nosso jeito subentendido
As palavras que eu tanto ensaiei dizer
Teu dicionário original pro meu mundo
E a tua franca mania de me surpreender
Dias bons que se tornaram lembranças
A vida levou e não trouxe mais
Imagens da tua inconstância
Que não consigo deixar pra trás
Fecho os olhos e vejo melhor
Objetivos tão divergentes
Aquele cuidado que você fingia
Já não se mostra tão evidente
Sempre fui boa em teorias
Mas elas não ocupam esta ausência
Vontades reprimidas que não cessam
Nunca me dei bem com experiências
Neste momento estou pensando
Como o tempo contradiz a felicidade
Culpo-me por não te conhecer antes
E abomino teus passos errantes
Promessas não passam de ilusões
Só espero que não se esqueça do plano
Perdoe minhas contradições
Chegou a hora de dizer:Eu te amo!

Frida

Nenhum comentário:

Postar um comentário