Escrevo para me conhecer e entender o que me é desconhecido. Acredito na força das palavras. Cada personagem que crio, um mundo novo de sensações me domina. Assim, nos tornamos amigos pela eternidade porque são eles que me constroem aos pouquinhos. Frida é a porta voz para o mundo. Meu grito. Através dela eu demonstro meus segredos mais complexos nunca revelados. Tudo que for daqui tirado deve ter meu nome ou o dela. Tainá
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Praças
"...And the feeling that its all a lot of oysters, but no pearls
I am so ambitious for a juvenile
Cuz I like to be gone most of the time
If I stay in one place I lose my mind
I'm a pretty impossible lady to be with
I have trouble acting normal when I am nervous..."
Desejo as folhas caídas
Tons de verde remetem a vida
Não suporto esta cor
Quero mortas as flores
Quero folhas mortas
Expostas pessoas, sorrindo
Mascaram nas faces
Nossa busca por resposta
Tal ausência de perguntas
Comodidade, carência
Nesse mundo-banalidade
Sons de chaves batendo
Diálogos superficiais
E estas flores ainda crescendo
Impessoais nomes, vazios
Daqueles que marcham iguais
Gente que anda, carros com pressa
Aprisiona-se em pedaladas
As bicicletas condicionadas
Tantas mentes vagas se atrofiam
Com propagandas, falsas gargalhadas
Passos uniforme, disparados
Anúncios, chaves, carros
Sons devidamente sincronizados
Melodia assoviada
Chaves que batem na calçada
E na calça do senhor
Verde claro, verde pinho, verde musgo, verde
Eu não suporto mais essa cor
Aquarela minha e individual
Escuros, preto, o meu vermelho
Violetas que voam das pontinhas dos meus cabelos
Movimento, som, movimento
Avulsas palavras, soluços convulsos
Carros que rodam esmagando pensamentos
Chaves que batem violetas que voam
Rostos constantes, passos exaustos
Vacilantes
Harmonia irritante
Folhas nunca caem
Pessoas nunca calam
Imagens banais
Flores crescendo
Violetas voando
Fim de tardes naturais
Então deitada no largo banco
Num instante me levanto
Alguém diz: “Hey Bruxinha!“
E sorri.
Vejo e sinto as borboletas
Num lampejo de desejo
Meu sorriso e frenesi
“Bruxinha, Bruxinha!
Ruiva. Bruxa.”
E a voz me desconcerta
Um segundo e me desperta
E com pesar eu me despeço
De um sorriso desconexo
Procuro pesadas certezas
E olho em meio às violetas
Eu digo: “Shhh... Silencio!
Estás apenas na minha cabeça!”
Frida
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puta que pariuuul, que belo texto foi esse heim,
ResponderExcluirsurpreendente, o silêncio, o verde das praças?
por momentos pensei em mudar a cor do meu cabelo.
mas aí algo me disse: - não leve pro lado pessoal.
sabe como é, a mania de levar tudo pro lado pessoal... isso um dia mata alguém,
então vem a imagem das praças.
o que te fez odiar o verde? rs,
deita-te num largo banco que te farei dormir e sonhar,
um bj.
Eu que pego as fotos pra cacainha =P
ResponderExcluirLIIINDO !
ResponderExcluirseem palavras como sempre !
Te amo !
beeijos :*
aaah achei mara, chega de banalização ! :D
ResponderExcluirneeah por nad naum mais achei muuito,como digo muito ,sem sentido...sem querer ofender
ResponderExcluirObrigado gente.
ResponderExcluirÉ, a poesia tem um significado meio pessoal.
Um dia meu na praça. =D