Anoitece e Frida vem reclamar meu ser. Me invade sem respeito nem cuidado e me revira por dentro. São estes os dias que me empresto a ela.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Encontro (Homenagem a meu amigo Felipe Godoy)


(Desenho de Felipe)
"...Há um menino, há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão
E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito,
Caráter, bondade, alegria e amor..."


Talvez ela só quisesse ser compreendida pelo mundo. E que a notassem pelo que ela é e não pelo que ela parece ser.
Talvez ele só desejasse que alguém entendesse seus sonhos mais estranhos. E que o apoiasse na sua eterna busca do sentido plausível da vida.
Talvez ela apenas precisasse de alguém que a fizesse sorrir das coisas que aparentemente não tem graça, alguém que a mostrasse como a simplicidade pode ser única e feliz. E que nem tudo necessariamente tem que ser sério.
Talvez ele apenas esperasse alguém que cantasse músicas com ele e que o lembrasse caso ele esquecesse suas letras, alguém que lhe escrevesse cartas enormes que nunca conseguiria enviar. Alguém que notasse seus medos e admirasse toda sua arte de ser quase surreal.
Talvez eles apenas aguardassem toda suas insignificantes existências de perguntas para um dia se esbarrarem sem querer e aos poucos irem respondendo um aos outro como se finalmente estivessem conhecendo a si mesmos.
Talvez eles necessitassem urgentemente de profundidade e sensibilidade do espaço que os cercava. E quem sabe o que eles queriam mesmo durante a vida toda fosse algo chamado amizade?
Amigos estes que reconhecessem seus cabelos coloridos, seus anseios e partilhassem da felicidade resguardada tanto tempo para em um só ano ser dividida com tanto fervor.
E quem sabe eles assim que se olhassem iriam se reconhecer como dois seres que esperam incessantemente viver de uma forma tão grandiosa que o medo era inevitável.
Talvez eles precisassem apenas se encontrar.
E depois que se encontrassem, ela sempre se lembraria dele quando se deparasse com blusas feitas a mao, desenhos, pinturas, músicas e qualquer outra coisa que demonstrasse delicadeza e intensidade...
...E depois desse encontro, ele se lembraria sempre de bailarinas, de poemas, das milhares de gotinhas de mar que ela tinha mania de deixar rolar, de nomes de frutas que ela gostava de se identificar.
E que eles pensassem em amizade cada vez que olhassem para seus lápis coloridos e encontrassem as cores ROXA e VERMELHO.
E no final de tudo finalmente descobrissem que se tudo isso acontecesse num ano somente, seria impossível que se perdessem na vida novamente.E que estariam ligados pra sempre mesmo que só nas recordações nostálgicas do coração.
E que precisariam de milhões de anos que não possuíam para viver tudo aquilo que mereciam viver do lado do outro...
...Mas que com certeza aproveitariam ao máximo o tempo insuficiente que a vida desse pra eles.


Eu te adoro.
E nem imagino como seria minha vida sem você nesses dias de hoje.
Espero estar sempre ao teu lado pra apertar suas mãos mágicas quando precisarmos delas.
Abraço apertado da Tangerina que tem cheiro de Pimenta para o Vaga lume que tem o brilho de toda a luz do mundo.

Frida

3 comentários:

  1. adorei....dá até para ver vcs dois...quem não conhece consegue imaginar tão como vcs são...minha menininha de palavras mágicas....te amuuuuuuuuuuu

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  2. Felipe é mesmo mágico, né? Assim como você Cacainha.
    São os mágicos da minha vida, não se esqueça (L)

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  3. eu nem te disse o tanto que gostei desse texto né?
    mas agora tô dizendo,
    nossa foi um dos melhores presentes deste ano
    ter conhcido vc,
    2008 foi o ano da mudança de hábitos... né?


    :)


    bjaum pra vc Tangerinaaa,
    ... continue assim
    eu amo muito vc tá ?

    um abraço apertado do Felipe Godoy

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